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sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Parlamentares se mobilizam para implantar consulado dos EUA na capital mineira.

Uma antiga reivindicação dos mineiros, de ter em BH uma representação dos EUA para facilitar o pedido do visto de entrada naquele país, ganha força com movimento criado por parlamentares

bancada federal mineira, os deputados estaduais e o empresariado lideram um movimento que reivindica da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil a instalação de uma representação diplomática em Minas Gerais. Nesta segunda-feira, será pedido apoio ao governador Antonio Anastasia (PSDB), quando o deputado estadual Jayro Lessa (DEM) e o deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), ao lado da integrante do Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior, Ester Sanches Naek, vão apresentar a ele um abaixo-assinados dos 77 deputados estaduais, dos 53 federais mineiros, além dos três senadores do estado formalizando a demanda.

Os parlamentares também assinaram carta dirigida ao embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shanon, por meio de quem pretendem enviar correspondência à secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton. O pleito foi encaminhado a Hillary no ano passado, pelo então senador Eduardo Azeredo (PSDB), quando ela visitou o Senado.












“Explicamos, na carta, que Minas é a segunda população e a terceira economia do país e tem forte relação com os Estados Unidos. Portanto, é muito importante que seja instalado um consulado em Belo Horizonte”, afirmou ontem Eduardo Azeredo. Segundo ele, não apenas para os mineiros que viajam a turismo, há um grande dispêndio de tempo e financeiro para a obtenção do visto – já que as entrevistas presenciais têm de ser feitas em outras capitais –, mas também há constrangimentos do ponto de vista dos negócios. Com Azeredo faz coro Jayro Lessa, que diz estar há cinco anos se mobilizando nesse sentido: “Minas Gerais é hoje o segundo estado do país com maior índice migratório internacional, com 82 mil migrantes declarados vivendo no exterior, sendo os EUA o principal destino”. Segundo Lessa, 43% dos migrantes mineiros vão para os Estados Unidos.

Segundo Sara Mercado, adida de imprensa do consulado americano no Rio de Janeiro, embora a Embaixada dos Estados Unidos e o consulado no Rio – que atende a Minas Gerais – reconheçam a importância do estado, não há, no momento, planos para a instalação de um novo consulado no país. “Mantemos um escritório comercial com representantes para o atendimento de interessados em fazer negócios e uma consulesa, Mary Muller, responsável por Minas. Ela vai duas vezes ao mês a Belo Horizonte”, informa Sara Mercado.

Espera

Atualmente os brasileiros que desejam viajar aos Estados Unidos têm de agendar a entrevista pessoal obrigatória em um dos quatro consulados instalados no país – no Rio, em São Paulo, no Recife e em Brasília, onde está a embaixada. São, em média, 90 dias de espera para o atendimento. São mantidos alguns programas para facilitar a vida dos viajantes, como informa Sara Mercado. Segundo ela, por meio desses programas, a renovação de vistos expirados há menos de um ano é bem mais rápida, assim como os vistos para negócios. Além disso, acrescenta ela, em qualquer lugar do país o interessado pode escolher em qual dos consulados pretende agendar a entrevista, independentemente do estado onde mora.

Procura intensa

A demanda por vistos de entrada nos Estados Unidos é intensa. Segundo a adida de imprensa do consulado americano no Rio de Janeiro, Sara Mercado, em 2009 foram concedidos no Brasil 473 mil vistos. “Este ano, estamos agendando 850 mil vistos”, diz ela. O consulado americano em São Paulo é, entre todas as embaixadas norte-americanas e consulados espalhados pelo mundo, aquele que mais concede vistos: em média 2 mil por dia. Desde o ano passado, eles voltaram a ser concedidos para o prazo de 10 anos. Segundo informação do consulado no Rio, a taxa de recusa é muito baixa: em média, a cada 100 solicitações apenas 5 não obtêm o visto.

Fonte: Portal UAI

BH CONTINUA SEM CONSULADO AMERICANO.

Mineiros interessados em viajar para os Estados Unidos vão ter de continuar a fazer escala obrigatória em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife ou Brasília. Embora a presença mineira seja maciça em território norte-americano, o país do Tio Sam não prevê abertura de um consulado na capital. A unidade dispensaria a necessidade de os mineiros enfrentarem longas distâncias para conseguir o visto de entrada no país. A notícia foi dada na terça-feira pelo cônsul-geral dos EUA no Rio de Janeiro, Dennis W. Hearne, durante a abertura da Feira de Inovação Tecnológica Inovatec, no Expominas, no Bairro Gameleira, na Região Oeste de BH. Os Estados Unidos são a nação âncora da sexta edição do evento.


Cônsul-geral dos EUA, Dennis Hearne, diz que restrições impedem abertura de unidade na capital








Em contrapartida, a embaixada está se desdobrando para agilizar o tempo de espera para tirar a licença de entrada no país – que demora em média 120 dias, atualmente – e comemora recorde de emissão de vistos para brasileiros. Apenas no ano passado, foram 472 mil permissões, quantidade 40% superior à de 2008. Apesar de não ter dados precisos, Dennis Hearne garante que os mineiros representam boa parte desse contingente. “Desde 2007, o número de vistos para mineiros tem dobrado. Um consulado em Belo Horizonte faria todo sentido, tanto do ponto de vista consular quanto comercial. BH está no topo de uma potencial lista de consulados. Mas estamos vivendo no momento muitas restrições econômicas, limitando nossas opções em termo de expansão”, afirma.

O cônsul dá a dimensão da ligação entre os EUA e o Brasil. “São Paulo é o posto consular que mais emite vistos diariamente em qualquer lugar do mundo. São cerca de 1,2 mil por dia. No Rio de Janeiro, são em média 1 mil. O Brasil está entre os quatro países com maior presença nos Estados Unidos, ao lado do México, China e Índia”, diz Hearne, ponderando que, com a expansão da classe média, o desejo de viajar está em pleno crescimento. Ele ainda ressalta que o número de recusados abaixou diante das finalidades legítimas de viagens, como turismo, negócios e intercâmbio estudantil. “Temos identificado menos o propósito de ir aos EUA à procura de uma nova vida.”

Diante do aumento na emissão de vistos, o esforço agora tem sido de diminuir o tempo de espera para conseguir a permissão. Uma das ações importantes, segundo Hearne, foi acordo bilateral assinado entre os dois países, este ano, que aumenta de cinco para 10 anos a duração de várias categorias de visto, além de tornar a licença mais flexível. “É possível agora tirar um visto que dá tanto para uma visita de lazer quanto de negócios”, afirma.

Outra medida foi a criação de diversas modalidades que dispensam longo tempo de espera até o dia da entrevista com o diplomata, requisito básico para a retirada do visto. Para viagens a negócios e de programas de trabalho, a espera é de quatro dias. Em caso de turismo, com o aval da Associação Brasileira de Agências de Turismo, a demora é de uma semana. Crianças abaixo de 14 anos cujos pais já tem visto e idosos acima de 80 anos não precisam esperar, assim como alguns empresários. Atletas e artistas precisam esperar um dia para serem entrevistados.

Fonte: Portal UAI